Espetáculo ‘Chuva’, no Espaço Abu, em Copacabana

Espetáculo ‘Chuva’, do grupo Tábula Rasa, encerra temporada dia 19 de agosto, no ‘Espaço Abu’, novo teatro em Copacabana

 Com direção de Felipe Vasconcelos, montagem leva à cena cinco contos do premiado autor mineiro Luiz Vilela

Espaco_Abu_Exterior_4 – Beatriz Castier (esq), Felipe Vasconcelos e Ana Gawry. Foto Felipe Vasconcelos

Por mais de um ano, o grupo carioca Tábula Rasa estudou várias facetas do isolamento humano por meio das palavras do premiado escritor Luiz Vilela: a solidão, o medo, o ódio e a falta de comunicação. O trabalho resultou no espetáculo ‘Chuva’, que encerra temporada na segunda-feira, dia 19 de agosto, no Espaço Abu: nova sala multiuso em Copacabana construída pelo grupo, que vai receber projetos de artes cênicas, literatura, cinema, fotografia e música.

Com direção de Felipe Vasconcelos, Chuva é adaptação de cinco contos de Vilela: ‘Com os seus próprios olhos’, ‘Mosca morta’, ‘Vazio, Solidão’, além da obra que dá título à peça. Em cena, estão Vasconcelos, Beatriz Castier, Ana Gawry (os três sócios do Espaço Abu) e Carlos Emílio Jacuá. Este é o segundo espetáculo montado pelo Tábula Rasa, grupo que foi fundado em 2012 com o objetivo de levar à cena espetáculos focados no trabalho do ator, no drama e na palavra. O primeiro foi o elogiado ‘O Chefe de Tudo’, de Lars Von Trier, que ficou em cartaz no Rio em 2013 e 2014. Chuva estreou em 2016 e fez uma temporada no Teatro Candido Mendes.

Com cenografia de Aurora dos Campos e iluminação de Tomás Ribas, o espetáculo tem uma atmosfera densa, na qual os contos se interligam pelas conversas íntimas dos personagens, que deixam o espectador sempre em suspense sobre as motivações e os sentimentos de cada um deles.

“É impressionante a excelência do diálogo na obra do Vilela. São textos que falam do cotidiano das pessoas, em conversas simples, mas, a partir dessa simplicidade aparente, pode-se aprofundar nos abismos complexos e perturbadores do ser humano”, analisa o diretor.

Sinopse

A partir de cinco contos do premiado escritor mineiro Luiz Vilela, o grupo Tábula Rasa mergulha em temas como a solidão humana, o medo e a falta de comunicação, deixando o espectador sempre em suspense sobre as motivações e os sentimentos de cada personagem.

Contos

Com os seus próprios olhos: Um aluno é convocado a comparecer ao gabinete do diretor do colégio para tratar de um episódio delicado.

Mosca morta: Numa noite de chuva, um homem aparece de repente num bar e tem com outro um diálogo tenso a respeito de algo que aconteceu no passado.

Vazio: Uma mulher tenta entender por que o marido, sem explicação, chegou em casa antes do fim do expediente.

Solidão: Uma mulher solitária faz, sem avisar, uma visita a um casal vizinho, gerando um mal-estar entre o marido e a esposa.

Chuva: Numa noite de chuva, após acolher em sua casa um vira-lata, um homem fala, se dirigindo ao animal, sobre a solidão.

Sobre o Espaço Abu

 

A crise enfrentada pela cultura carioca não foi barreira para o grupo Tábula Rasa realizar sua maior aspiração: a abertura de um pequeno teatro. Depois de 2 anos e meio de planejamento e obras, o Espaço Abu, em Copacabana, abre as portas, dia 19 de julho, para receber projetos de artes cênicas, literatura, cinema, fotografia e música. O nome, que significa silencioso em Tupi, remete tanto à proposta estética do grupo quanto ao cuidado com o isolamento acústico da casa.

Com capacidade para 40 espectadores, a sala multiuso tem como sócios o diretor e ator Felipe Vasconcelos e as atrizes Beatriz Castier e Ana Gawry, que assumiram todos os custos do empreendimento, sem contar com qualquer tipo de patrocínio.

“Investir em arte na conjuntura atual é um grande risco. Mas se quem pode arriscar não faz isso, a permanência desse cenário tende a se alongar, não é mesmo? Então, sabendo do enorme valor da cultura para o desenvolvimento econômico e social de um país, optamos por estar do lado de quem arrisca”, comenta Felipe.

Em uma loja com um pouco mais de 100m², o cenógrafo José Dias criou um espaço cultural versátil, que pode ser usado não só para espetáculos, mas também para cursos, palestras, ensaios e exposições. No local, as arquibancadas e cadeiras podem ser configuradas de acordo com as necessidades e características do evento. Por estar localizado em uma avenida movimentada, foi dada especial atenção ao tratamento acústico, que teve projeto concebido pelo renomado escritório Roberto Thompson Motta. Segundo Beatriz Castier, o Abu pretende ser “um espaço intimista e acolhedor, capaz de estimular a realização de ações culturais na cidade”.

 

Grupo Tábula Rasa

Formados pelos atores Ana Gawry, Beatriz Castier, e Carlos Emílio Jacuá e pelo diretor e ator Felipe Vasconcelos, o grupo Tábula Rasa foi fundado em 2012, com o objetivo de levar à cena obras focadas no trabalho do ator, no drama e na palavra. O primeiro espetáculo foi o elogiado ‘O Chefe de Tudo’, de Lars Von Trier, que ficou em cartaz no Rio em 2013 e 2014. ‘Chuva’ é o segundo espetáculo da companhia.

Ficha técnica

Texto: Luiz Vilela

Direção e Adaptação: Felipe Vasconcelos

Elenco: Beatriz Castier, Ana Gawry, Carlos Emílio Jacuá e Felipe Vasconcelos

Iluminação: Tomás Ribas

Cenografia: Aurora dos Campos

Figurino: Tábula Rasa

Operação de Luz: Boy Jorge

Programação Visual: Ana Gawry

Fotografia: Ana Gawry e Felipe Vasconcelos

Assessoria de Comunicação: Rachel Almeida (Racca Comunicação)

Produção: Ana Gawry

Realização: Tábula Rasa

Correalização: Espaço Abu

Serviço

Espetáculo “Chuva”

Temporada: 19 de julho a 19 de agosto

Espaço Abu: Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 249, loja ECopacabana – Rio de Janeiro

Telefone: (21) 2137-4184 / (21) 2137-4182

Dias e horários:  sexta a segunda, às 20h.

Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

Duração: 1h

Lotação: 40 pessoas

Classificação Etária: 16 anos

Funcionamento da bilheteria: quinta a segunda, das 15hs às 20hs (a partir de 19 de julho)

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