Colégios baianos apostam em convidar influenciadores digitais para que alunos fiquem motivados
Não é novidade que influenciadores jovens são hoje inspirações para milhares de usuários e, como o nome sugere, influenciam adolescentes e crianças por meio de seus vídeos ou outros conteúdos.
Mas a internet pode também aproximar os estudantes dos livros, como é o caso dos seguidores da influencer Duda Maryah (@duddamaryah), que tem feito enorme sucesso entre crianças e adolescentes.
ESTRATÉGIA RECORRENTE NA BAHIA:
A jovem, que hoje já acumula mais de 10 milhões de seguidores em Instagram, Youtube e Tiktok, aborda temas importantes sobre o dia a dia na escola, além de valorização dos amigos e da família, em uma linguagem dinâmica e divertida.
E as escolas baianas passaram a abraçar a ideia de usar o celular, ao invés de retirá-los de vez nos horários escolares. Duda Maryah, por exemplo, foi recentemente convidada pelo Colégio Vitória-Régia, do bairro do Cabula, para passar uma tarde com os seus fãs.
A ideia da escola foi dar um dia especial para os alunos, gerando, a partir de bate-papo e outros aspectos lúdicos com Duda, estímulos para os estudos e para o dia a dia estudantil. Assim como neste caso, Duda costuma ser constantemente convidada por escolas e outras instituições de ensino.
Mas essa não é uma novidade, escolas em toda a Bahia já vêm adotando esse método para engajar cada vez mais os jovens. A escola Euclides da Cunha, recentemente levou a influenciadora Tias Della Torre para fornecer uma palestra motivacional para os alunos.
NOVOS FORMATOS SÃO A CHAVE DA ATENÇÃO PELO BRASIL:
Esse movimento já vem ocorrendo há alguns anos em todo o Brasil, até com eventos de grande porte, como o Crie o Impossível, que ocorreu em Rio Grande do Sul. O projeto convidava estudantes do ensino médio e de escolas públicas a acreditarem e investirem em seu potencial, e já contou com presenças de diversos influencers, como Bianca Andrade, mais conhecida como Boca Rosa.
Aproximar o mundo digital da sala de aula não é apenas uma inovação na relação entre ensino e aprendizagem, mas também parte integrante da construção da consciência cívica e da consciência crítica dos alunos.
As redes sociais, incluindo o consumo de conteúdo postado por influenciadores digitais, fazem parte do cotidiano de crianças e adolescentes em idade escolar.
“Existem estratégias que podem ajudar as escolas a abraçarem esse desafio em sala de aula, promovendo a autonomia e a perspectiva crítica dos alunos, ao invés de simplesmente quererem afastar aquilo que os deixa mais leves no dia a dia”, conta a pedagoga Tatiana Mattos.